É frequente definirmos o foco dos problemas de nosso cotidiano no outro, não é mesmo? Afinal, o erro está sempre “lá”
Penso ser um hábito adquirido e que nos distancia da realidade dos fatos, ou no mínimo nos coloca diante da possibilidade de cometermos uma injustiça, nos levando a tomar decisões nem sempre adequadas, enfraquecendo vínculos e dificultando a gestão de uma empresa, negócios e claro, pessoas.
Muito se diz, e com uma boa dose de razão, que os modelos atuais de gestão estão e devem estar cada vez mais humanizados.
Depois da revolução industrial a sociedade moderna vem se dando conta de que o valor no mundo dos negócios (também, mas não exclusivamente) está centrado nas pessoas. Nas que compram e nas que trabalham conosco. Dessa forma, a visão de valor vem migrando do produto para o ser humano (ufa) e com isso não apenas o consumidor vem sendo cada vez mais considerado nas decisões, como também todas as pessoas que compõem o ecossistema, os famosos de stakeholders.
Na linha da “nova” gestão competências adicionais vêm sendo requeridas, em especial as também famosas soft skills, ou habilidades socioemocionais. Nesse pacote entra por exemplo a empatia, algo bonito e fácil de falar, mas extremamente complexa e desafiadora, pois para seu exercício pleno é preciso abrir mão de parte de nosso repertório de crenças e valores que dão a forma sobre como olhamos e interagimos com o mundo ao nosso redor.
Na mesma analogia da máscara do avião (que na eventualidade de precisar usa-la, você deve primeiro por em você e depois em seu filho, por exemplo), para podermos interagir de forma humanizada com o outro é preciso que tenhamos um mínimo de alicerce. E esse alicerce chama-se autoconhecimento.
Processo longo, corajoso e nem sempre agradável, mas que começa com seu real a legítimo desejo, com seu protagonismo. O ponto de partida é por si só uma grande mudança.
Algumas metodologias ajudam muito no autoconhecimento, e são usadas em mentoria executiva com frequência, como as análises de perfil comportamental. Lembre-se: é muito importante ter um profissional qualificado para ajuda-lo na interpretação das informações, visto que os dados gerados não têm como objetivo definir quem você seja, mas sim provoca-lo para uma auto-análise, sempre muito produtiva.
Se esse tema te interessa, convido-o a ver mais em https://robertocarvalho.net/perfil-comportamental/
Obrigado por sua leitura!
Pingback: Feedback: O que não lhe é dito - Roberto Carvalho
Pingback: Autoconhecimento: Porque ele é tão importante - Roberto Carvalho