Quando falamos sobre o mundo corporativo, é inevitável, necessário, e até óbvio que tenhamos um olhar para as pessoas que ocupam esse espaço, e sobretudo das relações interpessoais que se estabelecem ao longo de suas jornadas.
Nas corporações, ocupamos cargos e desempenhamos papéis. Um deles é o da liderança, que pode se constituir por denominação burocrática, em que seu cargo vem revestido de outras responsabilidades, supostamente em uma evolução do grau de complexidade, de confiança e de visão de como as coisas funcionam dentro das empresas. Neste sentido, em várias ocasiões ainda se estabelece (ou se outorga) a liderança por tempo de casa, em que o indivíduo tenha um histórico de sucesso dentro da Empresa, quase sempre atrelado as suas competências técnicas.
Há ainda a liderança obtida através da combinação das variáveis resultantes das relações que o indivíduo consegue criar ao seu entorno, no mesmo ambiente de trabalho. Algumas pessoas exercem liderança mesmo sem terem sido nomeadas ou anunciadas como líderes. Acontece com naturalidade.
Em qualquer dos casos, o autoconhecimento pode ser entendido como motor propulsor daquilo que se entrega ao contexto, ao outro, e com isso se ramifica e se moldam as conexões interpessoais, dando o tom do que virá em sua decorrência. Portanto, faz todo sentido que tenhamos um trabalho contínuo de autoconhecimento, para que seja possível compreendermos com maior veracidade nossos elementos internos, e assim termos maior protagonismo e autorresponsabilidade com relação ao nosso ponto de partida, que somos nós mesmos.
O autoconhecimento cobra o seu preço, mas também nos brinda com seu retorno, visto que facilita a construção de vínculos mais verdadeiros, sólidos e duradouros. Muito do que as Empresas centradas no ser humano querem, mas que nem todas conseguem. É uma jornada com a qual faço uma analogia com a decolagem de um avião. O desprendimento de energia inicial é muito grande, o processo tem seus riscos, mas a viagem sempre é boa!
É preciso disposição e (auto) interesse. Se não nos dispomos a nos questionar, a nos ouvir e compreender, como faremos com nossos liderados? A linha de comando e controle já há tempos não se mostra mais eficiente, as mudanças em todos os cenários são intensas, frequentes e inesperadas na maior parte das vezes. Ambiente político, econômico, social, ou todos eles combinados trazem o grande desafio, cada vez mais gritante, para que tenhamos empresas e grupos de trabalho que funcionem a partir de suas raízes pessoais, pois acredito que isso não seja sob nenhuma hipótese, elemento que impossibilite uma boa gestão. Pelo contrário, a estimula e possibilita a criação de ambientes mais colaborativos, criativos e inovadores. Comece por você! Busque o seu porque
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Caro Roberto,
muito interessante esse tema o qual compartilho com suas colocações e me desculpe se estou viajando ou um pouco fora de contexto, mas é meu sentimento sobre esse tema.
Claro que isso deve ser encarado como uma enorme mudança em cada um de nós, uns mais diretos e do pensamento “Hands on”, mãos a obra, vamos mudar, outros mais conservadores, não existe certo ou errado, isso me lembra um importante autor, que faz uma oportuna afirmação ao dizer que todos nós vivemos em um mundo de surpresas, uma vez que elas são as regras e não a exceção, o autoconhecimento gera em cada um de nós, inúmeras surpresas.
De fato, o autoconhecimento nos ocupantes de cargos de liderança está extremamente relacionado às mudanças ocorridas no contexto sociopolítico-econômico, não se relacionam somente ao ambiente econômico-empresarial, mas, sim, a diversos aspectos da sociedade, como, quebra de modelos, avanços tecnológicos e de gestão, desemprego, exclusão social, meio ambiente, mercado consumidor mais exigente e participativo, novas legislações que de certa forma acabam por dificultar, entre outros.
Penso e acredito que esses aspectos sinalizam um novo panorama mercadológico, tornando-se uma emergente necessidade de mudanças no ambiente organizacional aliada a uma forte pressão para que as organizações se adaptem a esse novo contexto que surge a cada momento, assim cada um de nós deve estar preparado para esse futuro extremamente competitivo.
O autoconhecimento e a função de liderança que cada um de nós ocupa, pode e deve nos preparar para uma competitividade entre empresas que abre caminho para uma nova dinâmica organizacional, pois as empresas deverão garantir a sua existência por meio da gestão de suas competências e adequação de seus recursos existentes, assim o esse autoconhecimento pode nos ajudar a identificar ameaças de entradas de novos concorrentes, produtos substitutos, a atualização do poder dos clientes e dos fornecedores.
Esse cenário futuro deve ser encarado como um desafio grandioso na medida em que nossa contribuição com novos pensamentos, visão de futuro e fazer melhor a cada dia no conceito do PDCA de Deming, nos fortalece na evolução de nossa participação no setor em que atuamos. Nesse contexto de elevada competitividade, requer, entre outras ações, o envolvimento de todos os níveis de liderança na prática do exercício de imaginar o futuro.
Para encerrar, uma vez que é um tema agita os pensamentos, o autoconhecimento quando falamos de liderança, nestes tempos de rápidas transformações, não vemos outra saída senão a reciclagem permanente e contínua.
Uma comparação que pode parecer engraçada, mas muito haver, comparamos esta necessidade de atualização com a de uma pessoa em frente a uma escada rolante de um shopping center que desce. Para permanecer no mesmo lugar é necessário andar no ritmo da escada. Se quiser subir é necessário andar mais depressa e compassadamente, porque a escada não para, nem tira férias! Assim é o ritmo do mercado de trabalho que exige de todos nós a adesão a um processo de aprendizagem vitalício.
Obrigado em poder participar.
Roberto, boa tarde. O Texto apresentado por você já nos remete a uma análise interna durante a sua leitura, faz com que comecemos a enxergar como agimos e como isso pode afetar nosso comportamento e de pessoas que estão ao nosso redor. O Autoconhecimento é uma ferramenta que tem que ser utilizada no seu dia a dia para melhoria continua nos relacionamentos, nas atitudes, nas tomadas de decisões e no seu autocontrole. Saber ouvir e ter foco nas atividades a serem realizadas aumenta a possibilidade de sucessos e mitigam os riscos de tomadas de decisões impróprias. Acredito que no mundo corporativo o Autoconhecimento e o Feedback são ferramentas de crescimento pessoal e profissional que deveriam fazer parte dos modelos de gestão.