Autoconhecimento:  O que vem depois?

Já escrevi um texto sobre o autoconhecimento, e o porquê ele se mostra relevante, ainda que possa ser em vários momentos incômodo (apesar de ainda assim ser uma boa e necessária “viagem”).

Em uma suposta escala nas estruturas das organizações, em determinado momento nós iremos lidar e liderar pessoas, equipes. E é aí que a porca começa a torcer o seu rabo, na medida em que a interação entre “nós e eles” começa a se mostrar, a dar o contorno do que criaremos, e denunciando nossos aspectos emocionais e cognitivos que nem sempre nos demos conta até então.

É nessa interação contínua que se estabelece e se fortalece o “clima organizacional”, é onde a cultura da organização vai nascendo e se fortalecendo, correndo o risco de se derivar daquilo que está escrito ou publicado em algum lugar dentro da Empresa. As divergências entre discurso e prática poderão surgir, e com isso a dissonância cognitiva se estabelece, resultando em modelos de gestão que se esgotam com o tempo, e que por esse motivo precisam de maior desprendimento de energia, para que os resultados sejam alcançados.

Evidentemente que quando falo de resultados, aqueles mensuráveis estão contidos, mas convido-os a pensar sobre a que custo se chega neles. E é aqui que as paralelas se encontram, é aqui, na identificação e assunção das nossas questões, cruzadas com aquilo que o meio nos proporciona, que eventualmente nos daremos conta do efetivo papel de um líder, que como já disse antes e repito, começa por ele mesmo.

Fluidez ou rigidez. Colaboração ou competição. Inovação ou conservadorismo. Participação efetiva ou periférica. Engajamento ou distanciamento. Medo ou apreço, admiração. Confiança mútua ou reserva nas conexões. Todos esses elementos desejados pelas empresas demandam de um pressuposto, que é justamente a questão do autoconhecimento da liderança.  Tudo isso vem depois. Nessa esteira, a liderança não apenas de times, mas de líderes, de negócios e de empresas poderão surgir como resultado de um histórico positivo sob essa ótica. O professor Ram Charam define essa esteira no diagrama abaixo:

Obrigado pela leitura!

Veja mais em https://robertocarvalho.net/conteudos-de-gente-boa/

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