Trabalho remoto exige confiança

Olá,

Em tempos de Covid-19, todos abraçamos de vez o trabalho remoto como uma prática consistente, não mais como uma contingência para dias e momentos específicos.

Aparentemente essa onda veio para ficar. Talvez tenhamos um declínio do número de praticantes assim que as coisas (esperamos) voltem ao “normal’, mas seguramente não será como antes.

Descobrimos que um volume substancial de recursos vinha sendo sistematicamente sendo drenado por um hábito e padrão de funcionamento que não nos privilegia, necessariamente. Grandes escritórios com custo fixo enorme, viagens muitas vezes desnecessárias e quase sempre dispendiosas, desgaste e a ineficiência na locomoção dentro das grandes cidades, são alguns dos exemplos do que agora passam a ser revistos. Não serão eliminados, evidentemente, mas também não ocuparão o mesmo lugar na estrutura de custos da maioria das empresas.

Isso pode nos levar a considerar que este custo agora economizado poderá ser aplicado em outras áreas da empresa, que especialmente hoje carecem de atenção.

Inegável o impacto da pandemia na economia, tanto de maneira negativa quanto positiva. Sim, há aspectos positivos. Muitos novos negócios estão surgindo, e outros crescendo vertiginosamente. Alguns morrerão, sem dúvida. E para não morrer é preciso se reinventar, novamente.

As conexões humanas também estão sendo diretamente impactadas, seja no âmbito familiar, seja no profissional. Como estamos falando de conexões, estamos falando de coletividade. Penso que nunca estivemos tão conectados e tão distantes ao mesmo tempo.

Uma abordagem interessante e muito difundida sobre os desafios da gestão de equipes sugere que a base para uma performance diferenciada seja a confiança mútua entre os colaboradores. Empresas e gestores que proporcionam conexões efetivamente verdadeiras em seus ambientes promovem verdadeiras revoluções tanto dentro quanto fora delas. Pode ser um grande desafio e uma enorme necessidade neste momento, em que a onda do Covid-19 veio de forma tão abrupta, não dando espaço de preparo para que o modelo de trabalho remoto pudesse ser absorvido. Todos precisaram praticar, de uma forma ou de outra, da resiliência, agilidade e inovação para seguir adiante, até porque não havia assim tantas alternativas.

A abordagem que me referi acima sustenta que a ausência ou ineficiência da confiança mútua tem impacto direto e em escala crescente nos resultados das empresas.

O desafio que se apresenta neste momento, entre outros, é como gerar engajamento, conexão e coesão em ambientes virtuais?

A boa notícia é que há como identificar esta e outras disfunções na empresa, e há maneiras de se manejar o cenário para uma mudança positiva e construtiva ocorra.

Obrigado por sua leitura!

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