Todos fazemos parte da mudança

B.A.N.I e ou V.U.C.A – Tanto faz. O que vale aqui é considerarmos que perdemos a linearidade, a relação de causa e efeito, a previsibilidade e portanto parte do controle das coisas, da forma como sempre pensamos e aprendemos.

Há evidentemente o lado excitante desse momento, que traz consigo inúmeros desafios.  O primeiro deles é o de nos entendermos como parte integrante do mundo – algo que parece bastante óbvio, mas pouco percebido nas atitudes e práticas cotidianas, em especial nos modelos de gestão e liderança.

Por muito tempo as estruturas organizacionais davam a sensação de onipotência e de superioridade aos indivíduos que porventura ocupassem tais posições, dando-lhes a suposta autoridade para, a partir de seu repertório, definir rumos únicos, absolutos e certeiros, na medida em que a troca de perspectivas era algo impossível de ser aplicado, quanto mais considerado.

Nessa esteira, havia a permissividade – senão a necessidade – do julgamento alheio, justamente por termos seguro nosso confortável repertório como o oráculo absoluto da verdade, que aliado aos modelos estruturais das empresas resultava em uma relação em que havia os “nós e eles” ou então “nós OU eles”.

Essa era está acabando – e dependendo do seu recorte de observação, já acabou. É preciso compreender que fazemos parte do contexto, como alguém que o cria e também se consome por ele. Somos todos agentes criadores das realidades que criticamos, e isso ocorre simultaneamente, sem avisos prévios, sem licença para outras considerações que não envolvam a auto responsabilização, o entendimento de que a causa e efeito reside em nossas ações, e em resposta a todas as mudanças que ocorrem diariamente, de forma intensa, sem previsão.

Neste cenário, nada é mais forte do que a sinergia do coletivo, a força das competências distintas, dos conhecimentos complementares e sobretudo do conjunto de valores de todos, que combinados podem resultar em novas perspectivas e formas de atuação.

Entretanto, o que aqui parece ser muito simples é na verdade um grande desafio, pois sem reconsiderarmos nossos próprios valores, expectativas, credos e forma de ver o mundo, pouco poderemos fazer senão continuar na condição de observador, em um momento que o mundo pede por protagonistas.

Em qual lado voce está?

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