Você já parou para pensar porque as empresas promovem pesquisa de clima, e principalmente, o que fazem com elas? Qual tem sido a sua experiência nesse sentido, ela tem sido coerente com as suas expectativas?
Seja você um promotor desta iniciativa ou um participante da atividade, as expectativas estão presentes. Acredito que sempre se imagina o que virá depois da pesquisa, e o quanto ela poderá impactar positivamente no dia a dia da organização, o quanto ela poderá contribuir a desenvolver uma visão calcada não apenas nas percepções, mas sobretudo na escuta daquilo que vem do campo, que vem do seio da empresa, e com isso ser possível a definição e tomada de decisões mais assertivas.
A pesquisa de clima é um instrumento de diagnóstico do ambiente de trabalho. Mas ele por si só não traz resultados, pois limita-se a trazer à tona aquilo que normalmente não se vê. Seus efeitos só serão percebidos se todos na organização estiverem efetivamente comprometidos com o seu uso — a começar pela liderança.
A riqueza das respostas é proporcional à inteligência das perguntas. É necessário, para o enriquecimento, que a liderança permita a livre manifestação, mas que também faça perguntas que eventualmente podem ser incômodas ou difíceis de serem digeridas, seja pelo indivíduo da liderança, seja pelo corpo gestor. Ouvir é muito diferente de julgar. Ambos devem estar livres de preconceitos e de amarras estruturais que possibilitem a penalização através do processo de pesquisa. Isso queima o filme J
O grande acontecimento vem após a coleta dos dados. É ela que vai dar os subsídios para uma discussão aprofundada sobre aquilo que temos diante de nós, para onde pretendemos ir, qual a distância que hoje nos separa deste desejo, e o que é preciso ser feito para alcançarmos o pretendido, em quanto tempo, com qual estratégia, e por ai vai. A execução deste plano é que começará a repercutir na comunidade que contribuiu na pesquisa. Outro motivo pelo qual a qualidade das questões é novamente fundamental para a coerência deste trabalho.