Diferentemente do que se possa imaginar, o óbvio precisa sim ser dito, repetido e confirmado. Os especialistas em comunicação são unânimes quando diferenciam a fala da intenção. Há muito mais do que imaginamos quando nos comunicamos com alguém, pois por detrás da fala há sempre algo não dito, que se pretende alcançar, conquistar ou resolver, entre outras possibilidades.
Ao liderar times, vejo como relevante a tarefa de mantê-los constantemente conectados, garantindo a uniformidade da compreensão dos caminhos a serem trilhados por todos, o que inclui, mas não se limita a propagação das metas, valores, objetivos, missão, visão, etc. Ao se supor um pretendido entendimento alheio, abrimos mão para a possibilidade das diferentes interpretações e seus desdobramentos internos, podendo gerar grande desagregação entre os membros do time, ineficiência e ineficácia de todos.
Em épocas de mudanças como a que vivemos, a (boa) comunicação é um passo fundamental, um pilar de sustentação de uma boa liderança, na medida em que ele próprio, o líder, precisa não apenas estar atualizado com o contexto no qual todos estão envolvidos, como também seguro de si para as eventuais intervenções e questionamentos de seus liderados, o que aliás espera-se que ocorra, afinal é através do diálogo que se constrói o engajamento e se fortalece os vínculos.
Nem sempre o líder é porta voz da boa notícia. O remédio amargo também pode ser necessário, e tanto para um caso quanto para outro, a premissa de solidez interna se mantém: Ou seja, é imprescindível que as coisas todas façam total sentido para o líder, lembrando que ele é um dos porta-vozes dos valores, das metas e desafios do coletivo. Isso se ele não for o único, a depender da estrutura da empresa.
Esta prática forçosamente tira o líder da cadeira operacional na qual possivelmente encontre seu porto seguro e o leve a observar e a ter uma narrativa estratégica, em que variáveis intangíveis passam a fazer parte de seu cotidiano. Essa situação é muito comum para aqueles que começaram há pouco seus cargos de liderança, e que são oriundos de uma camada mais operacional. É uma dura batalha, que demanda por dedicação, humildade em aprender continuamente e sobretudo sua disposição em investir no autoconhecimento. Aqui entra a vulnerabilidade como outro elemento importante na gestão, também comum a todos.
Se voce se identificou com este breve texto, não se assuste: Busque por uma mentoria executiva, tenha alguém ao seu lado e compreenda de que voce não está só, muito pelo contrário!
Obrigado pela leitura