Layoff, outra palavra no idioma inglês que acabamos por naturalizar em nosso País. Atividade que pode ser resumida a desligamento de pessoas, redução de quadro de colaboradores, mas que em sua teoria trata da suspensão temporária do contrato de trabalho, o que obviamente não se percebe nas práticas. É desligamento mesmo, e ponto.
Grandes companhias estão praticando o layoff em larga escala no mundo todo, o que acaba por impactar uma economia global já desestabilizada e frágil, muito em decorrência de guerras, dependência de energia não limpa, distribuição desigual de riquezas entre os Países, e consequente estagnação da balança comercial.
Claro que o mundo não parou. Nem a pandemia foi capaz disso, mas vejo como um movimento cíclico, com um nome diferente. Já foi reengenharia, downsizing, e agora o layoff. Na prática, os resultados são sempre os mesmos, e os “pagantes” também.
Lembro-me da bolha da internet, quando milhões foram jogados no mercado por investidores ávidos em receitas mirabolantes, que acontecessem “de um dia pro outro”. O resto da história vocês já devem imaginar….a bolha estourou.
Quantas iniciativas foram tomadas ao longo desse tempo e que agora se mostram como desastrosas, por assim dizer. O mercado é rei, já diria um amigo meu, e ele determina quem vive e quem fica para outra jornada. A imprevisibilidade se faz mais presente do que nunca, e encontra-se constantemente com uma rigidez na relação com o mercado de trabalho (em alguns Países mais que em outros, claro), e em seus gigantismos, que não lhes permite uma agilidade na resposta na mesma intensidade que os estímulos que demandam por essa resposta tem. Ou seja, os estímulos externos têm sido mais ágeis, intensos e rápidos do que a capacidade das empresas em respondê-los. Quem dirá antevê-los.
Em um mundo tão conectado, qualquer evento que ocorra em um mercado dominante e determinista, o restante do mundo sente seus reflexos quase que imediatamente, e isso retroalimenta a roda que vai colapsando as economias mais frágeis primeiro.
Entretanto, neste momento grandes companhias estão passando por momentos que aparentam ser difíceis e complicados, ainda que atuem em mercados emergentes, disruptivos e que dominem esses seus mercados. Teriam eles também errado a mão?
Ou o VUCA e BANI mostraram de vez para o que vieram? Como você se posiciona diante de um cenário como esse, enquanto profissional?
Protagonismo e apropriação de nossas jornadas profissionais nunca foram tão importantes.
Qual sua opinião?
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