Como espero que saibam, uma de minhas atividades é mentoria de líderes e executivos. Nessa atividade, deparo-me com uma diversidade riquíssima de perspectivas, momentos, desafios, perfis, nacionalidades, formações, culturas etc, etc… Para mim é além de um baita privilégio, uma honra poder trabalhar com pessoas que encontram em seus cotidianos os percalços da vida corporativa.
Trabalho com pessoas que vão dos seus 20 e poucos anos até aqueles que estão mais perto da minha idade, com, digamos, bem mais horas de voo.
Entretanto, em todos os casos há uma linha comum que faz referência as questões ligadas a liderança de times, de pessoas. O fato curioso é que independentemente da idade, as dificuldades mostram-se muitíssimo próximas, para não dizer iguais.
Penso que talvez a variável mais instável seja mesmo o “mundo lá fora”, entendido como o ecossistema no qual estamos inseridos. Mudanças constantes e bruscas, novas tecnologias, diferentes padrões de comportamento e consumo, novas habilidades sendo necessárias a cada momento, uma nova relação entre empregado e empregador, ambiente político, cenário econômico, etc.
São muitas variáveis que nos estimulam a mudanças e que exigem de todos um movimento constante, um aprendizado constante e uma revisão de conceitos até então enraizados em nossa cultura. Essas mudanças por si só geram impacto e mudanças no ecossistema, criando-se assim uma espiral contínua e evolutiva, cada vez mais acelerada.
Nessa minha atividade, o que mais fica para mim é a necessidade de investirmos no auto conhecimento de forma continuada, pois é ele o pilar de sustentação capaz de fazer frente a tantos estímulos, que se contrapõem frequentemente aos nossos credos, hábitos e costumes, criando camadas e mais camadas desafiadoras na prática da liderança, essa também sendo questionada e posta a prova diariamente.
Como lidar com antagonismos? Como criar engajamento no time? Como me comunicar melhor? Como reter bons profissionais? Como criar uma cultura organizacional capaz de representar o conjunto de valores da Empresa? Aliás, como compreender nossa cultura? Essas são questões recorrentes, e que, de acordo com o título deste texto, são democráticas no sentido de estarem presentes em praticamente todos os executivos com os quais tive a oportunidade única de trabalhar.
Não se sinta só. O mundo está mesmo em constante mudança, e que bom!
Obrigado pela leitura!
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