Base teórica
Vários autores, acadêmicos de diferentes disciplinas, tratam sobre os fenômenos dos grupos, suas características, desafios e possibilidades que suas dinâmicas apresentam para a eficaz liderança de pessoas, nos mais diversos cenários e configurações.
Muito se fala sobre times de alta performance, sobre formas e métodos para gerenciar um time, criar coesão e fazer com que tenha performance e produtividade. Esta demanda acirrou-se em momentos de pandemia como a que vivemos, e com a imposição imediata de gestão remota.
O que invariavelmente se deixa de lado são as questões que permeiam o ambiente organizacional, que definem a forma como as pessoas trabalham em conjunto. Há muita coisa presente neste contexto, mas nem sempre é objeto de atenção, não é dito e por isso não é percebido. O preço pode ser alto.
Mas, quais critérios devem ser observados? Há uma forma não empírica que aponte ou sugira a situação de um determinado grupo, e como devemos lidar com ele ? Como estabelecer uma relação de causa e efeito? Porque eventualmente conseguimos alcançar os resultados propostos, porque o turn-over é maior que a média de mercado? Qual o nível de comprometimento do grupo, seu engajamento, quais os conflitos são mais frequentes, e como eles são tratados normalmente?
Kurt Lewin (1890-1974), psicólogo alemão, caracteriza um grupo como sendo um todo dinâmico, aonde a mudança no estado de uma das suas partes provoca mudança em todas as outras. Ação e reação contínuas, dinâmicas. É com essa variável que a liderança trabalha: Na dinâmica das relações, e não no estabelecimento de regras definitivas.
Patrick Lencioni, escritor americano que trata de gestão de negócios com ênfase em equipes, contemporâneo de nossa época, categoriza os fenômenos grupais em cinco níveis, relacionando-os entre si em uma perspectiva de causa e efeito. Sua obra é uma grande aliada na identificação e na mensuração de um grupo, e trás a possibilidade de formas diversas de manejo deste grupo, à partir deste mapeamento possível de ser feito. É um ponto de partida que dá um contorno bastante razoável para a condução de grupos de trabalho.
A oferta apresentada, a de diagnóstico, tem como base teórica principal Lencioni. As eventuais conduções futuras do grupo fazem uso de outras fontes de informação, presentes em sua maioria no campo da psicologia social.