Criatividade tem forte conexão com inovação, evidentemente. Empresas desejam por equipes inovadoras, que possam empregar em seus processos, produtos e marca elementos que adicionem valor, e que as destaque da concorrência, continuamente.
Há quem afirme que inovar não seja apenas uma opção, uma escolha. Afirmam ser essencial para a continuidade dos negócios, principalmente em virtude de todos os estímulos, internos e externos aos quais estão sujeitos.
A questão aqui é como saímos do desejo de ter equipes inovadoras e efetivamente atuamos na liderança como fomentadores e facilitadores na criação de um ambiente que tenha a inovação em seu sangue?
Todo mundo pode ser inovador. Alguns fatores podem e devem ser considerados para o caso de voce, líder, desejar ter em evidência a inovação dentro de sua organização.
O processo criativo pode ser dividido em fases, que do ponto de vista didático nos ajudam a melhor compreender este fenômeno e nos possibilita ter maiores e melhores formas de intervenção, seja conosco mesmos ou com nosso time, nossa empresa.
A criatividade tem três fases importantes, comuns a todos nós. São elas:
1ª etapa: preparação = Contempla todo o arsenal de informações, referências e experiências do individuo. Quanto maiores forem suas fontes de referência, maior o leque criativo. Importante identificar esse ponto em seu processo de contratação. O indivíduo que se interessa por temas diversos, que aprecia culturas diferentes, que investe em viagens é um indivíduo que tem este componente mais aguçado, mais rico em referências.
2ª etapa: Incubação = Dá-se no inconsciente, quando não estamos nos concentramos em nada. São os momentos de abstração, de relaxamento, ou do ócio criativo, como diria Domenico De Masi.
As conexões cerebrais continuam acontecendo, e é nesta fase em que as idéias “Eureka” surgem.
Cabe aos líderes promover ambientes em que o ócio criativo seja incentivado, e que a segurança psicológica seja mantida e promovida.
3ª etapa: Iluminação = Momento quando uma das conexões acima atinge a consciência, quando nos damos conta de que tivemos uma ideia. Entretanto, ela se desfaz-se rapidamente, por isso é importante anotar no momento em que surge.
4ª etapa: Implementação = Ideias não nascem prontas. São resultado de um processo. Momento quando nos damos o trabalho de discutir, testar, melhorar, aprimorar, colher mais informações. Melhoria contínua. Novamente, cabe a liderança incentivar seu time a melhoria contínua, observando este processo e criando condições favoráveis para seu fluxo natural.
Nosso cérebro faz uso de duas redes distintas, assim compreendidas:
1ª rede: DMN: Default Mode Network: Ativa-se quando não fazemos nada: É a rede do ócio criativo: Regiões em que se manifestam a da empatia, a inteligência emocional, a criatividade, está ligada a incubação.
2ª rede: TPN: Task Positive Network: Ativa-se na tomada de decisão, ela é lógica, racional.
Ambas necessitam de estímulos diferentes, rotinas que as favoreçam. E é aqui que entra novamente a liderança, compreendendo este funcionamento e identificando a melhor forma de interagir.
Uma mentoria executiva pode ser de grande ajuda, um processo de benchmarket é outro caminho que poderá mostrar os efeitos práticos de uma abordagem que considere esses elementos e abordagem.
Obrigado por sua leitura !
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