Inegável as transformações pelas quais todos estamos passando. Mercados consagrados, blindados em seus modelos de negócio estão pouco a pouco enfrentando novos concorrentes, inimagináveis há 5 anos. Pegue o mercado financeiro, por exemplo. Quem iria imaginar que uma operadora de aplicativo de transporte viesse a oferecer cartão de crédito e todos os serviços bancários, sem ter uma única agência?
Penso que a velocidade e a profundidade dessas mudanças tenham um impacto direto não apenas em nossas vidas e nossos hábitos de consumo, como também na escala e desafios que a força de trabalho tem a enfrentar. Estruturas ágeis, enxutas e talvez com poucos vícios do passado são essenciais para a modelagem e manutenção dos negócios, da forma que agora vemos, cada vez mais presentes em nosso cotidiano.
Jovens vem assumindo cargos e posições de liderança, muitos sem terem tido experiências passadas que lhes dessem algum estofo para lidar e liderar a enorme diversidade que o ser humano tem e lhes apresenta. Saber as regras de negócio, conhecer o sistema, seu mercado, seu portifólio e características dos produtos é importante, mas nada supera em desafios a habilidade de tratar com pessoas. Esse tem sido, em minha experiência, o calcanhar de Aquiles dessa moçada, e com razão.
Liderar sugere em primeiro plano o autoconhecimento. É a partir dele que se estabelece as bases concretas de seu posicionamento e condução de tudo o que virá pela frente, sem nunca deixar de envolver a si mesmo. Vale lembrar que a mudança é democrática, é para todos, sem exceção. Com o autoconhecimento, temos a possibilidade de reconhecer nossos gatilhos, medos, frustrações e fantasmas que criamos a todo instante, além de identificar o momento em que nos distanciamos de nossa essência, na medida em que a tocada do operacional acaba por criar uma névoa sobre nossas aspirações e valores.
Falando sobre valores, e sendo repetitivo, o autoconhecimento fortalece não apenas a propagação dos nossos valores como – ainda mais necessária – a identificação deles com os valores da empresa, sem o qual fica quase impossível liderar um time, afinal como adotar qualquer posicionamento em uma negociação se você mesmo não está alinhado em suas bases, em sua essência com a organização?
Como o movimento que vivemos está (penso eu) apenas no começo, o tema liderança vai ser justamente debatido e discutido por um longo tempo ainda, e a mentoria executiva se alia aos cursos das escolas de negócio, sendo que esta fornece conteúdos e perspectivas e a mentoria executiva dá grande apoio em sua aplicação, dentro da lógica de cada empresa ou profissional.
Veja mais em: https://robertocarvalho.net/o-que-dizem-sobre-a-lideranca-do-futuro/
Muito obrigado por sua leitura