O que entendemos pela expressão “fit cultural”?. Bem, primeiro que fit pode significar, segundo nosso tradutor Google como “encaixe”. Então, vamos no nosso velho e bom português mesmo J
Pois bem. Qual o limite que a cultura organizacional impõe aos seus colaboradores, quais seus impactos e quais são as direções que permitam o tal encaixe?
Algumas empresas servem-se do tal “fit cultural” para desligar colaboradores que não se encaixam nele. Mas é ai que vem meu questionamento: Qual o limite? Até que ponto deve prevalecer a individualidade, com todas as suas idiossincrasias, complexidades e diversidades? Afinal, esses elementos se farão presentes no cotidiano e de certa forma irão se “confrontar” com o status quo vigente. Qual o limite?
É claro que não estamos falando de comportamentos moralmente inaceitáveis, eticamente questionáveis e portanto supostamente diametralmente opostos ao conjunto de valores da empresa (Observe: supostamente oposto). Estamos falando justamente dessa linha tênue que denuncia o limite de tolerância daquele que define e mantém o “fit cultural” com aqueles que vivenciam seus ambientes, e percebem suas práticas na pele.
Por outro lado, é bem verdade que felizmente várias empresas divulgam seus valores de forma adequada, e o constroem de forma abrangente, mas ainda assim com grandes desafios. Por exemplo, quando uma empresa diz que um de seus valores é “Agir com integridade”, percebemos sua abrangência, e também uma complexidade que demanda por guardiões internos, pessoas que criem e sustentem práticas efetivas de concretização desse valor. Há nele um conceito que por si só é igualmente complexo, afinal, o que é integridade? Quando determinado comportamento deixa de ser íntegro? Cabem aqui outras possibilidades, interpretações? Qual é o limite?
Vincular performance a fit cultural pode ser um tiro no pé. Não que a performance seja irrelevante – claro que não é – mas talvez porque o critério para essa avaliação não seja, ao menos, o único ou o mais adequado, podendo ser utilizado como uma boa desculpa, algo típico de lideranças frágeis, da ausência de acompanhamento, de uma má contratação ou de uma comunicação interna pobre. Diante disso, qualquer coisa vira um desalinhamento com o fit cultural, especialmente quando esse é tratado no âmbito pessoal, não corporativo.
Nas atividades de mentoria executiva, esse é um dos grandes desafios enfrentados, visto que em muitos casos não se tem claro qual o conjunto de valores da Empresa, criando um celeiro extenso e diverso de perspectivas que só fazem criar e fortalecer os silos organizacionais.
E voce, o que acha disso?
Obrigado pela leitura!
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