Somos frequentemente impulsionados por sofismas que adquirimos às cegas. É o “que está na moda”, que acabamos abraçando mesmo sem ter ou garantir práticas internas na empresa que sustentem essa suposta narrativa.
Bordões que você com certeza viu, vê, ouviu e ouve:
- Somos uma família;
- Juntos somos mais fortes;
- Somos todos XXXXXXX;
- Sou um XXXXer;
- Orgulho em pertencer a XXXXXXX;
- Somos diversos e inclusivos;
- Etc, etc
Esses e outros bordões têm um propósito e um apelo claro de transmitir uma imagem, algo que seja relevante para aquele momento. Evidentemente existem as nobres exceções, aonde esse mesmo princípio vem para reforçar efetivamente os valores da organização, pautando as ações, atitudes e comportamentos de todos que ali trabalham, seja no movimento interno, seja com o mercado.
Entretanto, a cultura organizacional não nos deixa mentir por muito tempo. Falo com aquelas empresas que vivem esse distanciamento entre prática e discurso, sobretudo nesse tema. Ela, a cultura, denuncia de uma forma ou de outra o real conjunto de valores existentes e em prática dentro das empresas. Isso pode ocorrer no atendimento ao público (interno e ou externo), através da forma da comunicação, na clareza e transparência, na vulnerabilidade aberta, e claro, na coerência entre aquilo que é divulgado com o que é de fato entregue.
Em um mundo de intensas e constantes conexões, as informações não se restringem mais aos muros internos. Elas transpassam esses muros e vão além, impactando na credibilidade da organização, o fortalecimento de sua marca, a percepção de seu valor, tanto pelo mercado quanto pelos colaboradores. Creio que fique fácil imaginar o resultado dessa equação!
É esse conjunto, verdadeiro e legítimo que promove ou não o mecanismo de operação da organização, amparados sempre pela cultura organizacional, que agrega esse conjunto de variáveis. Ou seja, é esse conjunto que “empacota” e “entrega” ao mercado sua real forma de pensar, agir e de compreender sua missão enquanto organização.
Se considerarmos que a cultura é a combinação de aspectos comportamentais, podemos também aceitar a ideia de que ela tem em si mesma uma alta complexidade, no sentido de transmitir, garantir e alinhar-se com todos seus integrantes, que por sua vez dispõe de seu conjunto de valores, nem sempre iguais. Ainda bem!
É bastante possível, ainda que lamentável, que esse tema seja considerado por muitos como irrelevante. Esse é outro sinal da dissonância cognitiva aparente e vigente. Não pretendo estar certo em meus apontamentos, mas sim evidenciar o tema.
Concluindo, sugiro que olhemos para o que de fato estamos praticando, e como somos percebidos dentro e fora da organização. Para isso é preciso coragem e sobretudo o real interesse em alinhar-se com o bordão que julgar mais aderente. Ou criar o seu! Busque apoio em uma #mentoria executiva, ela pode te ajudar.
Atenção: Voce está sendo filmado! 😊
Obrigado pela leitura,
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https://robertocarvalho.net/porque-devemos-cuidar-e-muito-da-cultura-organizacional/
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