Competência e habilidades do futuro segundo o WEC

O World economic fórum publicou em seu portal (*) em 2016 um artigo interessante no qual destaca as competências e habilidades que seriam demandadas no futuro. Neste artigo, o futuro era o ano de 2020. Vejamos como isso evoluiu, e se evoluiu de fato.

As demandas eram:

Fonte: Future of job reports, World economic forum

O que mudou

Controle de qualidade deu lugar a flexibilidade cognitiva. Em meu entendimento, controle de qualidade tem a ver com processos repetitivos e automatizados, se não no todo, em sua grande parte, e são passíveis de serem automatizados com a aplicação de tecnologias diversas.

Já a flexibilidade cognitiva é uma competência essencialmente humana.

Entende-se por flexibilidade cognitiva como sendo a capacidade do cérebro em se adaptar e a reagir através de condutas e opiniões a acontecimentos novos, variáveis e inesperados. Atrevo-me a compara-la com o conceito da resiliência, que sugere a capacidade de adaptação frente aos diferentes estímulos que a vida nos apresenta. Em ambas situações, demanda-se da percepção, interpretação e reação a esses estímulos. Nada mais humano e contemporâneo, pois se levarmos em conta o acrônimo B.A.N.I (primo novo do V.U.C.A) temos o cenário perfeito, diante das incertezas, vulnerabilidades e constantes mudanças pelo qual o mundo todo passa.

Observemos que todas as competências listadas se referem a habilidades sócio emocionais, o que chamam agora de Soft Skills.

Ainda segundo este artigo, “A criatividade se tornará uma das três principais habilidades de que os trabalhadores precisarão. Com a avalanche de novos produtos, novas tecnologias e novas formas de trabalhar, os trabalhadores terão que se tornar mais criativos para se beneficiar dessas mudanças.

Os robôs podem nos ajudar a chegar onde queremos ser mais rápidos, mas eles não podem ser tão criativos quanto os humanos (ainda).”

Minha leitura sobre este trecho é de que a necessidade de termos essas competências comportamentais em pauta e em pleno exercício demanda também de um novo olhar das empresas e de suas lideranças. Novos modelos de gestão vão se impondo rotineiramente a pensarmos e a reagirmos a esta avalanche de estímulos pelos quais estamos sujeitos.

A inovação vem nessa esteira, e conecta-se diretamente com criatividade, pensamento crítico, colaboração e com a habilidade de se trabalhar dentro do caos. Não se inova com tradicionalismo. Nenhuma escola tradicional trata do tema, com possíveis e positivas exceções.

Como então desenvolver essas competências dentro de sua organização? Abordagens como mentorias executivas, coaching e vivências que se apoiem na andragogia e na diversidade podem ser fundamentais apoiadores neste processo.

Procure expandir este tema com outras pessoas fora de seu círculo normal de contato. A diversidade, o pensamento crítico e a criatividade podem começar por ai.

Obrigado pela leitura!

(*) Fonte:  https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industrial-revolution/

Veja mais em: https://robertocarvalho.net/sua-profissao-esta-ameacada-2/

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