A comunicação como um dos pilares da liderança
“Entre o que eu penso, o que quero dizer, o que digo e o que voce ouve, o que voce quer ouvir e o que voce acha que entendeu, há um abismo”
Alejandro Jodorowsky
Simpatizo muito com um conceito que diz que um dos pilares fundamentais para a boa liderança seja a capacidade de promover a prática da comunicação efetiva nos ambientes de trabalho.
Parece algo muito simples, porém costumamos considerar o simples como não importante e acaba sendo justamente ai que cometemos nossos maiores equívocos.
Comunicar-se de forma eficaz E eficiente demanda um auto conhecimento e de um auto desenvolvimento substancial, uma vez que é preciso saber ouvir muito, sem julgar, falar sem ofender, de desenvolver a empatia como um dos pilares de sustentação de uma comunicação que traga resultados palpáveis a todos.
É preciso diferenciar esses dois momentos, entre ouvir e julgar, pois o pré-julgamento impõe ao outro limites à sua mensagem, seja na forma, seja no conteúdo, e com isso há a possibilidade de perdermos a autenticidade e valor efetivo daquela mensagem. Perdemos a oportunidade de vermos situações sob outras perspectivas, sob outras óticas, e que podem sim serem melhores que as nossas “verdades.”
Com a “não comunicação” criamos aos poucos um distanciamento entre as partes, o que não é o que precisamos para uma boa liderança. Mas não é só isso. As ameaças constantes (“voce pode ser o próximo a ser despedido….”) quando combinadas com a falta da prática da comunicação dá espaço para a criatividade do coletivo, gerando equipes desmotivadas, retraídas, que buscam com frequência a zona de conforto, já que é nela que as possibilidades dos supostos erro são menores.
Dar e receber “feed backs” é uma poderosa ferramenta de gestão, pouco utilizada nas organizações. Aquelas que a promovem e a tem como prática constante percebem um dinamismo mais produtivo e verdadeiro em suas equipes, geando conexões que tratam das questões de forma não personalizada, não como um elemento de discórdia. Aprendem que o conflito harmonioso é possível e desejável. Pensar diferente não nos torna inimigos, possibilita uma terceira via, quase sempre.
Como um líder pode gerir uma empresa ou um departamento se ele está distante dos fatos reais? Se ele é percebido como alguém de fora do time? Se ele não tem aliados para que o suportem em seus desafios? Como desenvolver produtos que o mercado efetivamente queira, e não aquilo que imaginamos que ele queira? Todas essas possibilidades demandam de caminhos abertos para uma visão clara, e que permitirão caminhar em uma trilha mais certeira. Temos o mundo que desejamos, e temos o mundo como ele é. É preciso distinguir os dois. A diferença entre eles nos dá substância para outras reflexões, para podermos tomar decisões mais assertivas e profundas.
O erro: Empresas em que há a premiação por algum êxito que tenha valor para o premiador, implica necessariamente na existência da punição para aquele que não atingiu o êxito esperado ou desejado. A moeda é a mesma, mas injusta, na medida em que normalmente premiamos poucos, mas penalizamos a maioria. Não consideramos a tentativa, a ideia que ainda pode ficar boa. Não premiamos a tentativa, a inovação. Talvez seja o momento de pensarmos a respeito.
Com isso, o que prevalece é o atendimento das necessidades daquele que detém o poder dentro da organização, seja ele oriundo de tempo e casa, cargo, posto ou idade. Neste sentido, o processo de criação, de sinergia e de inovação ficam retidos ou
Quantos talentos voce acha que tem em sua Empresa, e que poderá perde-los por não ter dado a oportunidade de efetivamente ouvi-los? Como será que seu clima organizacional se encontra hoje? Quais são os motivadores e inibidores presentes ? Todas essas informações estão ai, diante de voce, gestor.
Vá busca-las!
Obrigado por sua leitura
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